sábado, 18 de junho de 2011

Pequenas Histórias de Buenos Aires XI

Domingo dava a maior saudades de casa no Brasil.
Os portenhos, talvez os argentinos em geral,tem uma cultura muito família, então domingo normalmente é um dia mais solitário para os estrangeiros, que não tem a casa dos pais e avós pra ir almoçar.

Nos primeiros meses era tranquilo, ainda tinha muito o que conhecer e fazer. Quando começou a virar rotina começou a ficar triste.
Até que sabe quando você topa sem querer com alguém, e essa pessoa vira a melhor companhia do mundo?
Foi assim com dois mineiros que apareceram no meu caminho do nada. Sem referência, sem amigos em comum, sem frequentar os mesmo lugares, sem pretensões.

Me fizeram companhia nos piores domingos, mas me fizeram companhia nos melhores sábados a noite, a tarde, 2as, 3as, 4as e todos os dias que pudemos!
Almoçamos milanesas e pímentões, jantamos beringelas e ojos de bife, cozinhamos feijão e couve congelada, xingamos nos jogos da copa, choramos juntos quando o Brasil perdeu, rimos juntos das piadas de argentino e de carioca, falamos mal dos sotaques brasileiros e mais mal ainda dos sotaques estrangeiros, inventamos muita macacaiada, andamos muito por aí, dançamos timais por aí, falamos besteiras tardes inteiras e tivemos discussões políticas intensas.
Entramos e saímos de muita balada, bar, abrimos muitas cervejas e fechamos muitos bares.
Enchemos muita bexiga no meu aniversário e limpamos a minha casa domingo demanhã depois da balada de aniversário deles.
Foi muito torpor e ilusão por Buenos Aires.

E hoje a amizade deles é um dos maiores ganhos que tive nesses meses de Argentina.
Hoje o domingo dá a maior saudade de casa, em Buenos Aires, com eles.

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