Meu penúltimo dia de trabalho na PicNic e me pedem pra ir no Once.
O Once é o bairro equivalente a 25 de março de SP. E o que eu mais gosto é que ele também tem nome de número.
Lá fui eu, com uma lista de quatro endereços pra comprar produtos, e com um dinheiro contado pra pagar cada coisa.
Como na 25 de março, haviam umonte de lojas de tecido e de aviamentos. Mas tem o tamanho de um décimo da 25 de março.
Na verdade são quatro quadras, ou seja, um cruzamento de ruas, que nem sequer tem comercio na volta toda dos quatro quarteirões.
Além disso é uma junção de 25 de março, Bom Retiro, Brás e Gasômetro. Ou seja, vendem roupas baratas em atacado e aos sábados em varejo, vendem aviamentos, etiquetas, ferramentas para aplicar ferragens, vendem ferragens, recheio de almofadas e materiais especias para calçados ou estofados de carros. Sim, tudo isso em apenas 4 quadras.
Bom, além de poucas lojas tinha bem menos gente do que estamos acostumados, e o que mais me impressionou foram duas coias:
A primeira é que não tem nenhum camelô!
Ou seja, pra mim isso significa que as pessoas que frequentam o Once não vão pra comprar bugigangas mais baratas, ou coisas curiosas do tipo R$ 1,99. E que esse público, que compra meias e filmes piratas anda mais pela Av Corrientes ou pela Av Sta Fé doq ue pelo Once.
A segunda é que não tem nenhum bar, nenhuma padaria, nenhum boteco, nenhuma frutaria, nenhum mísero lugar onde se venda água, refrigerante, empanadas, qualquer coisa uqe se possa come rou beber.
Ou seja, pra mim isso significa que eles não tem experiência nenhuma nesse mercado de bairros tipo 25 de março, Bom Retiro e afins, onde se pode atrair um público muito maior, e aproveitar os nichos de mercado, ou seja, a sede!
Ainda pra compeltar estava contecendo uma manifestação na rua. Pra quem mora em São Paulo já imagina aquela loucura, os vendedores fechando as portas, as pessoas meios escondidas nos cantos tentando não ser pisoteada e os ambulantes juntando seus produtos naquele tecido tipo trouxinha e saindo correndo. Pois é, te conto que a manifestação tinha uns 20 estudantes, com faixas e placas de protestos, uma banda de batuque muito legal, fazendo uma música boa, meio dançando no lugar e uns 40 curisos em volta, olhando e conversando. Se podia passar no meio da manifestação, literalmente no meio, que nada aconteeria nem com você nem com os manifestantes.
Bom, minha conclusão de ir ao Once foi que eles andam precisando de um Workshop na Vinte e Cinto de Março!
Saímos de lá espremidas em um taxi, com dois rolos de espuma para acolchoados, e 4 sacolas mais pesadas que cesta básica
E lembrando.... para o Once ser uma verdadeira 25 de março.... Faltam 14 pontos!
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