sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Passeio do Rio Tigre

Hoje foi o dia separado na semana turística da Ju para o passeio no Rio Tigre.
Começou ontem, quando a Sônia Silva, mãe da Lara, nos contou que há uma cidade aqui perto, perto da fronteira Uruguaia, que se chama Colônia, e que é uma espécie de Paraty, do RJ. Um passeio de ir de manhã e voltar a noite.
Bom, decididas a ir neste buscamos o site do Buquebus, o barco que faz a viagem entre Argentina e Uruguai e vimos que teríamos que acordar bem cedo pra chegar no porto as 8:30 da manhã.

Infelizmente o despertador tocou umonte de vezes, das 7:30 até as 11:30 da manhã, que foi o horário que conseguimos sair da cama quentinha para enfrentar a vida gelada de Buenos Aires deste 7 de maio.
Com essas novas perspectivas decidimos tomar um café da manhã no nosso novo café perto de casa, pra Ju experimentar as famosas medialunas com queijo e presunto na chapa. Uma coisa tão típica daqui quanto nossa média com pão na chapa em SP.
Para quem não gosta da mistura de doce com salgado (por que a medialuna consiste em um tipo de croassaint com uma camada de açúcar derretido por cima, tipo uma caldinha doce transparente) fica com a versão medialuna comum com manteiga e café com leite, ou melhor ainda, medialuna com doce de leite!
Estação de trem do Retiro

Já eram 12:30 e decidimos ir ao Tigre.
O Tigre é um rio bem grande, na verdade com tantas ramificações que ocupam um espaço equivalente a extensão territorial da Bélgica! Fica na província de Buenos Aires, e para chegar até ele fizeram uma linha de trem turístico chamado Tren de La Costa, com cerca de 10 paradas em estações propositalmente construídas para receber os turístas e com aquela cara de antigas. Bem bonitinhas.
No ponto final desta linha de trem tem a estação Delta, onde fica o Delta do Rio Tigre. De onde saem passeios de barco pelo rio.
Dica 1: Existem dois passeios mais comuns de barco pelo Tigre. Um em um abrco enorme, parece um navio, com restaurante dentro e tudo mais. Custa mais caro, mas o passeio deve ser mais bonito e prático.
O outro é um mais barato, em um barco parecido com aquelas escunas de paraty, mas que serve para os trabalhadores da região irem e voltarem do trabalho, ou seja, ele para em todas as estações possíveis no rio e demora muitas horas pra voltar. As paradas não são bonitas nem legais.

Dica 2: Assim que você chegar na estação do Delta tem uma cabine de informações turísticas com guias bem completos e dispostos a te ajudar, claro que por um preço, mas que provavelmente paga a beleza e prazer do passeio.
O passeio mais legal oferecido por eles é em um barco ou de umas 8 pessoas, para uma família ou um grupo de amigos, que para e anda quando querem, ou em um barco maior e confortável, com paradas em bares e restaurantes indicados pelos guias, com comidas gostosas, vinhos, aliás eles até indicam que você compre um Malbec no supermercado, e tome com os amigos em alguma parada do barco.
O passeio é bem legal pra ver a natureza e o rio, mas não tem tanta novidade pra quem mora no Brasil.

Bom, e o nosso passeio foi um pouco diferente. Optamos por não pegar o barco por que chegamos lá um pouco tarde para um passeio de 3 ou 4 horas de barco e por que o rio e sua natureza não eram tão novidades assim pra nós.
Saímos da estação de trem do Retiro, que sozinha já é um show à parte de tão linda. Compramos o ticket de $ 1,10 para a estação de Maipu. O trem é um trem comum, que leva e traz os trabalhadores de BA que moram na grande BA, ou como chama por aqui, na província.

Com uma viagem de mais ou menos 30 minutos chegamos na estação de Maipu, onde subimos a escada rolante, caminhamos 50 metros e chegamos na primeira parada do Tren de La Costa.
Um trem lindinho, uma estação lindinha, um frio super forte e nós três, encolhidas no sol, se esquentando um pouco, por que os 4 casacos não bastavam.

Paramos na estação de Barranca, uma antes de San Isidro, e pra conhecer o bairro fomos caminhando umas dez quadras até a estação seguinte, de San Isidro.
San Isidro é a estação mais bonitinha, com mais lojinhas, cafés e passeios.
O outono aqui est;a lindo, as folhas estão chovendo das árvores e cobrindo chão da cor de palha e amarelo velho, e me convidando a andar sobre elas fazendo o máximo de barulho possível, me lembrando toda hora que é outono.
Chegando na estação de San Isidro, do lado esquerdo, se você sair da estação turística e subir uma praça que fica em uma ladeira, vai encontrar uma das catedrais mais lindas que ja vi na minha vida.
Eu estava mesmo querendo rezar um pouco, e veio muito a calhar.
A catedral era tão linda por fora que seu interior perdeu um pouco a graça, mas entrar em uma igreja sempre me recarrega as energias, então foi bom de qualquer maneira.




Voltando pro trem e dessa vez descendo no ponto final, o Delta, caminhamos um pouco até encontrar um restaurante simpático onde almoçamos com vista pra uma parte do rio, não tão linda, nem tão limpa, mas gostosinho.

O frio começou a aumentar cada minuto e decidimos voltar.
O problema foi esse. Decidimos voltar quando já estávamos com frio e cansadas.
Mas o caminho da volta é longo. Uns 25 minutos até chegar o trem pra nos buscar, mais uns 20 minutos de viagem no Tren de La Costa. Mais uns 45 minutos de viagem no trem comum de Maipu até a estação de Retiro, e mais uma hora de trânsito dentro do ônibus comum que pegamos na estação de trem até em casa.

Ou seja, dica: quando forem, decidam voltar antes de ficarem cansados e com frio!




Apresento-lhes a Ju. Nossa visita desta semana.

Essa foi nossa aventura de hoje
Agora é 6af a noite, a última noite da Ju, a segunda noite do fim de semana, e uma noite antes da festa de inauguração do nosso apartamento novo!
Amanhã é dia de arrumar tudo pra festa, passear por Palermo pra mostrar pra Ju, e a noite? Só caipirinha, samba e castanha de caju!

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