3 Meses de Buenos Aires

Ontem fez 3 meses que estou vivendo em Buenos Aires.
Já? Sim. já.
Três meses que pra mim parecem um ano. Pensando na quantidade de gente que eu conheci, nas experiências que tive, nos perrengues que passei, nas conquistas, na sorte, nos dias e nos programas que fiz, nos lugares que conheci, na quantidade de rotinas diferentes que tive em três meses.
O legal é que o aniversário de estadia por aqui está coincidindo com quase o começo da copa, e sim o começo da torcida, e com a época em que esse é o assunto principal da mesa de conversa.
O que me faz pensar muito nas diferenças culturais e na força das amizades que fiz aqui, e que ainda estou fazendo, e outras que ainda estou fortalecendo.
E ao mesmo tempo encarar essa rixa eterna contra a Argentina.
Mas posso falar?
Que delícia é ver como meus amigos e amigas são incríveis independente do país, e como a gente pode se dar bem mesmo com tantas diferenças culturais.
Que delícia é compartir com as pessoas que eu amo os momentos bons da minha vida, e que delícia é amar novas pessoas, sem perder nada do amor que tenho pelas antigas.
Que delícia é aprender com os outros tudo que não sou capaz de enxergar sozinha e
Que delícia é ver quanta coisa eu não posso enxergar sozinha, e como preciso dos meus amigos.
Que delícia é morrer de saudades das minhas amigas de São Paulo
Que delícia escutar elas gritando pra mim no nextel quando eu não posso estar presente fisicamente, e que bom é sentir que estou presente sempre de coração.
Que bom é fazer planos com meus novos amigos
Que bom é imaginar minhas projeções futuras incluindo todos, e que bom é dividir minha vida antiga e minha vida nova com todas essas pessoas

Sinto que o mundo já foi muito pequeno pra mim, e hoje ele é gigante, e que ainda tenho tanto a conhecer que uma vida só não vai me dar tempo.

A Argentina me faz bem, mas ainda sinto que não estou completa aqui, e me alegro de pensar que ainda tenho tempo para descobrir e desfrutar mais desse país maravilhoso, e desse novo momento da minha vida.
E eu não tenho mais medo.