Em São Paulo temos muita informação de moda, temos muitos meios para disseminar, temos Vogue Brasil, temos revistas como Elle, como Estilo, temos na maioria das bancas TeenVogue e outras importantes. Temos a FashionTV, temos o GNT com programas o tempo todo contando sobre a moda do Brasil e do mundo. temos Caras especial SPFW, temos revistas independentes de sobra sobre arte de rua, sobre moda urbana.
Enquanto aqui em BsAs não existe Vogue Argentina, não existe uma revista com as fotos dos desfiles da BAFW (Buenos Aires Fashion Week), não existem Lilians Pacce nem Reginas Guerreiros.
São Paulo é uma cidade gigante, com mil tipos de tribos, com uma população que recebe a moda de mil maneiras.
A parte da população que está sempre antenada nas coisas da moda é muito pequena. E a parte da população que pode comprar a moda é menor ainda. Ou seja, temos coisas lindas a vender e não podemos comprar, fazendo com que a maior parte das pessoas se vistas horrivelmente mal.
Uma experiência boa de comparação é entrar num ônibus de São Paulo e em um de Buenos Aires, comparar o modo que as pessoas estão vestidas. Por mais que a moda do Brasil seja linda, que tenhamos incríveis estilistas, a maior parte da população usa coisas herdadas de irmãos e primos mais velhos sem nem tentar combinar blusa com calça, ou usa roupas compradas no Brás ou Bom Retiro, bairros populares, com modinha local, ondas de estampas iguais e viscolycra combinada com cópia da Melissa dos Irmãos Campanna. Nos ônibus de Buenos Aires a maior parte das pessoas está bem vestida, elegante, inclusive os homens.
As meninas da faixa de idade entre 18 e 30 anos se vestem todas parecidas, mas todas dentro de uma tendência que acontece no momento, e que muda de seis em seis meses.
Hoje a moda aqui é cabelo muito comprido, em São Paulo considerado de religiosos, aqui considerado fashion, alguns presos em coques bem em cima da cabeça, outros presos como estivesse dado um monte de nós, shorts bem curtos, batas claras, colares longos sem pingente e havaianas ou sandálias gladiador. As variações em cima disso são muito pequenas.
No Brasil existe essa moda também, com exceção dos cabelos, mas a variação é bem maior. A impressão que dá é que as Brasileiras se divertem variando suas combinações a partir das informações de moda que chegam pra elas, e que as Argentinas querem se sentir dentro de uma unidade, fazer parte do grupo, e não chamar atenção.
Em compensação de tudo isso há tendências da Europa e EUA que chegam aqui e são muito aceitas e em São Paulo mal são comentadas, como as botinhas de cano baixo e boca larga. Ou o contrário, como as franjas e as correntinhas que em São Paulo estão tão na moda e aqui nem se vê nas lojas, e quando vi, uma única vez, na presença de uma amiga portenha, ela me mostrou rindo, como se fosse uma piada uma camiseta com franjas.
Camiseta Marcelo Quadros Inv10
MAS, apesar de tudo a moda daqui é linda, é nova, é independente, e é muito barata, mesmo pra quem mora aqui. E tem uma revista de moda, chamada CATALOGUE, incrível, onde se mostra os principais produtos da estação, chamando atenção para as tendências, com preços e endereços para que as compradoras não precisem rodar tanto a cidade atrás do que buscam.
E a moda do Brasil é linda, colorida, muito mais nova que a daqui, muito maior, com muito mais variedade e muito mais cara.
Ou seja, #ficadica, compre revistas de São Paulo, descubra as tendências, as mastigue como uma brasileira e faça suas compras em Buenos Aires!
Em breve lista das melhores marcas de Buenos Aires
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